Antigo Prédio Banco do Brasil

Antigo Prédio Banco do Brasil

Localização: Praça Coronel Pedro Osório, 67
Autor: Eng. Paulo Gertum
Funcionamento: Segunda a Sexta 8:00 às 18:00
Telefone para informações: (53) 3227-3393
Não é cobrada taxa para visitação.

Um pouco da história
Construção: 1926 a 1928
Nível de Proteção: Imóvel Inventarado

O edifício localizado junto à Praça Coronel Pedro Osório esquina Praça Sete de Julho foi construído para sediar o Banco do Brasil, pois mesmo possuindo uma filial fundada em 1918 na rua Sete de Setembro, era desejo da diretoria do banco construir uma sede de grande porte na Praça da República, atual Praça Coronel Pedro Osório, o que veio efetivamente a ocorrer.
Sua construção foi autorizada pelo Sr. James Darcy, ex-representante do Rio Grande do Sul no Congresso Nacional e presidente do Banco do Brasil, assim o novo prédio teve projeto elaborado pelo engenheiro Paulo Gertum, começou a ser edificado em 1926 e foi inaugurado em 14 de julho de 1928.
No último pavimento localizava-se a residência do gerente do banco e sua família, o Sr. Edgar Maciel de Sá, e segundo publicações da época – Almanach de Pelotas ano 1929, – todos os equipamentos e mobília desta instituição representavam a imponência do empreendimento que surgia na cidade.
O edifício é dotado de volumetria do ecletismo historicista, possui dois pavimentos e mansarda, destacando-se na paisagem pela riqueza de seus elementos compositivos, principalmente pela cúpula, sacadas de púlpito, cimalha trabalhada, delicados arabescos, pilastras com capitéis coríntios e embasamento em pedra, também o aumento das dimensões arquitetônicas são elementos que remetem a ordem colossal da edificação.
Os dois primeiros pavimentos do prédio eram destinados ao uso do banco e a mansarda utilizada como residência do gerente.
O relógio acima do acesso principal, na esquina da Rua Quinze de Novembro, orientou por muitos anos a população que por ali transitava. No alto da cúpula, um pequeno mirante ainda lembra os velhos tempos das observações das embarcações no porto, indispensável na época do intenso e pioneiro comércio de Pelotas.
Muitos materiais da construção foram importados da Europa, assim como os da decoração interna, filetes dourados, frisos de mármore e outros, desenvolvida pelo artista e arquiteto Fernando Corona.
Por 58 anos o Banco do Brasil prestou serviço aos investidores, pecuaristas, comerciantes, economistas e toda sorte de clientela, até que novamente foram sendo exíguas as suas dependências, tornando-se necessária à construção de uma nova sede.
Em 1972, o prédio foi desapropriado para dar lugar à Câmara de Vereadores, não sendo por esta ocupado. Instalou-se nele então, a Secretaria Municipal de Finanças, atual Secretaria Municipal de Receita, onde está até hoje.
Considerado um dos mais belos edifícios da cidade, faz parte do importante conjunto de valor histórico e cultural do Município juntamente com os prédios do entorno da Praça Coronel Pedro Osório: Prefeitura Municipal, Biblioteca Pública, Teatro Sete de Abril, Casarões n.0 02, 06 e 08, Clube Caixeiral, Casa da Banha e Grande Hotel, muitos destes, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.

MOURA, Rosa M.; SCHLEE, Andrey R.. 100 Imagens da Arquitetura Pelotense.Pelotas:Pal lotti, 1998 Almanach de Pelotas. Pelotas: Gráfica Diário Popular, 1929. Anual.

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